O texto abaixo trás todo o meu pensamento com relação a nossa cultura e uma boa parte de minha visão como futuro educador musical, leia com atenção e verá a profundidade e verdade contida no texto abaixo.
Nossa cultura
Atravessamos na Terra, fase de dificuldades sem conta, nas áreas de cultura geral.
Desconhece-se a estrutura da própria linguagem que se fala. Usam-se gírias ou expressões chulas que denunciam a pobreza dos falantes relativamente à formação cultural.
Ignoram-se os fatos históricos que envolvem a sociedade em que se vive.
Espalham-se infames zombarias, inventam-se lendas sem beleza e sem sentido, refletindo a pouca madureza social.
Não se cogita de penetrar as razões desse ou daquele monumento, sentindo-se, tantos, impulsionados pelo instinto destruidor e vândalo, que, incapazes de compreender, por descaso, preferem pichar, destroçar ou poluir de modo drástico, o que encontram pela frente.
O gosto pelas Bibliotecas, pelas salas de arte, por Museus, por Teatros e pela literatura excelente de todos os tempos, tudo tem ficado na retaguarda das preferências.
Os desportos nobres e educativos ainda contam com poucos adeptos.
Temos, ao revés, um quadro enorme dos que procuram os exercícios desportivos excitantes e violentos, que pouco ou nada acrescentam no âmbito das conquistas do Espírito.
Encontram-se, com maior frequência, muitos que se ajustam a espetáculos pornográficos, do palco ou da tela, em franco deboche à sensibilizante arte.
* * *
Diante de tudo isso, precisamos com urgência de educação e de boas referências.
O bom gosto se forma pela contemplação do excelente e não do sofrível, dizia Goethe, compreendendo com perfeição a construção do aprendizado na alma humana.
Cabe aos pais e aos educadores mostrarem o excelente, preencher os educandos de boas referências desde cedo, se desejarem desenvolver neles uma cultura rica e útil.
As crianças, os jovens, precisam estar mergulhados num caldo cultural que favoreça o desenvolvimento de uma massa crítica, que proporcione a contemplação do belo, que os ensine a pensar e a sentir.
As grandes mídias estão repletas de um verdadeiro lixo cultural, se podemos chamar assim, porque nós, a grande maioria, consumimos isso.
Aliás, a palavra consumo é uma das preferidas nos tempos atuais, inclusive invadindo áreas em que não há como se conjugar o verbo consumir, na essência, pois o que não é material, o que não é tangível, não se consome.
Na verdadeira arte nada se consome. A artese contempla, se admira. Ela alimenta a todos quando é instrumento do belo e do bem e nunca se acaba, pois o que se consome, se finda.
Podemos consumir um CD, um arquivo de MP3, mas nunca uma bela música.
É tempo de retirar as cascas e máscaras que criamos através de nossos vícios morais, e nos permitir enxergar tudo como realmente é.
O que verdadeiramente importa para mim, Espírito? Não sou um consumidor, sou um Espírito imortal, que voltei à Terra para crescer moral e intelectualmente.
Voltei para aprender com quem já esteve aqui, com a História do meu povo, com os grandes, com os missionários, com aqueles que deram a vida para que hoje tivesse o conforto de que desfruto.
Voltei para me tornar mais sábio, não o sábio de Biblioteca apenas, mas o que tem condições de aplicar em sua vida tudo aquilo que aprende, que faz de seu conhecimento uma mola propulsora para que possa amar mais e melhor.
Cultura e amor. Eis o que precisamos com urgência.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Juventude e cultura,
do livro Cântico da juventude, pelo Espírito Ivan de Albuquerque,
psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.
do livro Cântico da juventude, pelo Espírito Ivan de Albuquerque,
psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 20.3.2015.
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